Os drones têm muito a contribuir em diversos setores da sociedade. Na
segurança perimetral, por exemplo, eles auxiliam as equipes de vigilância de diversos estabelecimentos com a sua agilidade na pronta resposta. No entanto, infelizmente, alguns criminosos também fazem o uso das aeronaves para fins desonestos e, com isso, surgiram tecnologias denominadas anti-drone para barrar essas ações maliciosas.
Recentemente, esta discussão se popularizou, pois foram noticiadas nos meios de comunicação algumas técnicas de
invasão por drone a presídios. Seu objetivo é entregar ilegalmente celulares, drogas e dinheiro a detentos por meio aéreo. Esses ataques se tornaram mais frequentes durante o isolamento social, quando as visitas presenciais foram interrompidas nas penitenciárias, dificultando a entrega dos objetos pelo portão de entrada. As autoridades, portanto, passaram a buscar soluções que interferissem nas ações das aeronaves criminosas.
Mas será que essas tecnologias podem afetar o monitoramento de segurança por drone do seu negócio? Fique tranquilo, a resposta é não! Para entender melhor, conheça os tipos de tecnologias anti-drone existentes, suas aplicações e impacto na sociedade.
Como funcionam as tecnologias anti-drone?
Existem duas ferramentas principais que têm como objetivo detectar ou impedir o sobrevoo ilegal de drones:
O sistema anti-drone: instalação de um conjunto de sensores, radares e câmeras ao redor do estabelecimento para que seja criado um campo capaz de detectar a entrada do drone em um raio que varia de 2,5 km a 5 km. A partir da identificação da aeronave, o seu mapeamento é possível e, assim, a equipe de segurança consegue descobrir o código do aparelho e o nome de seu dono, se constatado em registro. Dessa forma, pode agir com uma operação para localizar o endereço do operador.
A “arma” anti-drone: dispositivo com o formato semelhante a uma
grande arma que, quando é apontado em direção ao drone, é capaz de “comandá-lo” ao interromper sua conexão com o controle do operador. Na verdade, trata-se de um comando limitado, quem manuseia a arma apenas arrasta a aeronave para o chão ou interrompe seu voo fazendo-a chocar-se em um obstáculo. Isso traz um problema: onde o aparelho vai cair? Dependendo do local, pode machucar uma pessoa, danificar um equipamento ou iniciar um incêndio. Esta tecnologia, portanto, vem sendo utilizada no Brasil apenas na proteção de presídios e só é adquirida legalmente por órgãos governamentais.
Onde essas tecnologias são empregadas?
Nota-se que essas ferramentas envolvem tecnologia de ponta, necessitando de um plano estratégico, estrutura e treinamento de pessoal. Isto é, uma equipe de vigilância que utiliza drones na segurança perimetral dificilmente será surpreendida por invasores capazes de interromper o funcionamento das suas aeronaves. Até existem outros dispositivos com tecnologias mais simples e objetivo de derrubar drones, mas eles precisam estar próximos dos equipamentos para conseguir operar. Ou seja, um drone que voe a uma certa altitude não é afetado, assim como um que voe baixo pode ser atingido por um tiro ou uma pedrada.
Todos esses sistemas anti-drone são empregados com maior eficiência na segurança de estabelecimentos como presídios, aeroportos e helipontos. Nestes últimos, também se mostram úteis na detecção de aeronaves que interferem no tráfego de aviões e helicópteros e causam acidentes. O governo de alguns países, como o da França, sede dos próximos jogos olímpicos, também estuda as tecnologias como forma de combate ao terrorismo.
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